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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Adeus à Ruth Cardoso


Adeus à Ruth Cardoso
(grande Antropóloga)

19/set/1930
† 24/jun/2008




Ex-primeira-dama Ruth Cardoso morre em São Paulo
(Texto retirado - www.g1.globo.com)



A ex-primeira-dama Ruth Cardoso, 77 anos, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, morreu na noite desta terça (24), vítima de infarto, no apartamento onde morava, no bairro Higienópolis, em São Paulo.





Conheça a trajetória de Ruth Cardoso


Antropóloga de formação, a ex-primeira-dama publicou vários livros.Durante o governo FHC, ela fundou o programa Comunidade Solidária.

A ex-primeira-dama Ruth Vilaça Correia Leite Cardoso morreu nesta terça-feira (24), aos 77 anos. Ela nasceu na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, em setembro de 1930.

Ruth Cardoso tinha uma visão específica sobre a sociedade brasileira. De acordo com analistas, tinha um posicionamento político mais à esquerda do que o do marido. No site da ONG que fundou, a Comunitas, ela afirma que a "sociedade brasileira hoje não espera tudo do Estado".

"(O brasileiro) toma a iniciativa, inova e experimenta. Parcerias entre múltiplos atores ampliam a eficiência e a sustentabilidade das ações sociais. O desenvolvimento do Brasil passa pelo investimento em capital humano e em capital social", ressaltou.

Conforme especialistas em política nacional, ela participou ativamente do governo do marido e também dos planos relativos à sua sucessão. Tanto em 2002 quanto em 2006, ela teria sido grande defensora da candidatura de José Serra, com quem tinha grande afinidade política.



(Mário Covas e Ruth Cardoso - dois grandes ídolos que já partiram)


Intelectual


A ex-primeira-dama Ruth Vilaça Correia Leite Cardoso nasceu em Araraquara (SP) em 19 de setembro de 1930.

Antropóloga de formação, foi professora da Universidade de São Paulo (USP). Como professora, lecionou na Universidade do Chile, Berkeley e Columbia, ambas nos Estados Unidos.

Ela estava casada havia 55 anos com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem teve três filhos. Ruth Cardoso publicou vários livros. Em 1995, durante o mandato do ex-presidente, fundou o programa Comunidade Solidária, de combate à pobreza e à exclusão social.





Exílio


Ruth Cardoso estava casada com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso havia 55 anos, e tinha três filhos com ele. Durante o regime militar, a ex-primeira dama e o ex-presidente, então sociólogo, tiveram que se exilar no Chile e posteriormente na França.

Antropóloga de formação, ela foi professora da Universidade de São Paulo (USP), onde também fez seu doutorado. Também lecionou no Chile e nas universidades americanas de Columbia e Berkeley.


Ela publicou vários livros. Em seus trabalhos acadêmicos, a antropóloga tratou de temas como imigração movimentos sociais, violência e trabalho.


Referência acadêmica e social


A obra “A aventura antropológica: teoria e pesquisa”, de autoria da ex-primeira-dama, tornou-se referência para os cursos de antropologia do país. O livro faz parte da bibliografia básica do assunto.

No estudo, Ruth se aprofundou na análise de conceitos e de procedimentos de pesquisa em antropologia. Já na introdução, ela escreveu: "A pesquisa é sempre uma aventura nova sobre a qual precisamos refletir."

Durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), ela fundou, em 1995, e foi presidente do programa Comunidade Solidária, principal programa social do governo tucano.

Desde o fim do governo do marido, Dona Ruth - que não gostava de ser chamada de primeira-dama - vinha dedicando-se à família e à Comunitas, ONG voltada para a área social.




Aspas


Em entrevista à revista "Veja", em 2004, ela disse achar a expressão primeira-dama um "americanismo desnecessário", que não faz parte da tradição brasileira.

"Ninguém nunca se lembrou de chamar de primeira-dama dona Sarah Kubitschek, que ocupou espaço num governo com grande visibilidade. Lá nos Estados Unidos, tem um significado tradicional. Aqui, não. Mas, como o termo já foi introduzido, agora não adianta reclamar", disse.








Para Alckmin, o País perdeu uma "grande mulher". "O Brasil perdeu uma grande mulher, uma de suas melhores reservas morais. Dona Ruth deixa-nos bons exemplos tanto na vida acadêmica, como antropóloga e professora, quanto na vida pública, onde demonstrou extrema sensibilidade social ao fundar o Comunidade Solidária no governo do presidente Fernando Henrique, para cuidar das pessoas mais necessitadas do nosso País. Foi uma grande companheira de partido, de posições progressistas, que frequentemente nos inspirava", afirmou.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), também lamentou a morte de Ruth em nota. "Dona Ruth significou sempre para todos os que a conheceram um exemplo da mulher contemporânea, capaz de conciliar uma intensa atividade pública como intelectual, pesquisadora e docente a uma vida familiar que era um exemplo de austeridade, retidão e grandeza. Depois de muitas décadas ensinando gerações de estudiosos das ciências sociais no Brasil, como primeira-dama, ela encontrou energia para criar a Comunidade Solidária, um projeto importantíssimo que se enraizou no país e que será uma herança genuína e duradoura ao lado de sua importante obra acadêmica. A seus familiares, expresso a solidariedade de todos os paulistanos neste momento de dor."

Paulo Renato de Souza, deputado federal pelo PSDB e ministro da Educação do governo FHC, destacou o envolvimento social da ex-primeira-dama. “Ruth modernizou as relações da política social do governo, inclusive pela criação do programa social 'Comunidade Solidária'”, declarou a Record News.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou que o partido perdeu uma pessoa muito competente e honrada. Segundo ele, "Ruth era uma pessoa muito admirável; todos nós reconhecemos isso durante sua vida e continuaremos reconhecendo após sua morte, pela forma honrada com que foi primeira-dama e pela competência com que implantou políticas públicas".

Garibaldi Alves (PMDB), presidente do Senado, disse que "o 'Comunidade Solidária' e outros programas colocaram Ruth na vanguarda na luta para desenvolver uma verdadeira ostensiva contra a pobreza no país."

Ideli Salvatti, líder do PT do Senado, destacou que "durante os oito anos de governo FHC, ela foi determinante por pautar as questões sociais no governo, e essa determinação deve ser reconhecida por todo o País."

José Gregori, ex-secretário Nacional dos Direitos Humanos e ex-ministro da Justiça, declarou que "morreu a grande primeira-dama do país. A mais importante e a que menos apareceu. Ruth sempre desempenhou papel de aconselhamento e análise, com a grande inteligência e cultura que tinha, além do grande poder de colocar as idéias em ordem."

Alberto Goldman, vice-governador de São Paulo, destacou a "capacidade, sinceridade e raciocínio" de Ruth. "Ela sabia debater posições do governo e atuava muito no relacionamento com os políticos, dando conselhos. Ruth era muito importante sem que as pessoas em geral soubessem de sua importância". O vice-governador disse à Globo News que a ex-primeira-dama era autora de muitos processos "que hoje estão pelo Brasil todo."
Pedro Malan, ministo da Fazenda durante o governo Fernando Henrique, disse que perdeu "uma grande amiga, e o Brasil perdeu uma mulher de grande espírito público."

Aécio Neves (PSDB), governador do Minas Gerais, disse que Ruth foi "mulher extraordinária, que dedicou sua vida a pensar no Brasil". Para o governador, ela deve ser "reverenciada não por sua orientação partidária ou atuação ao lado de FHC, mas como uma grande mulher para o Brasil". Amanhã vamos estar todos ao lado de sua família", completou.

ADEUS, D. Ruth Cardoso!

bjos

Ci

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